sábado, 12 de abril de 2008

Satélite para o Chile

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Nos dois primeiros dias da FIDAE 2008 foi publicamente anunciada por autoridades do governo chileno a retomada do projeto de aquisição de um satélite de sensoriamento remoto para uso em agricultura, meio-ambiente, pesca, investigação científica, e vigilância do território. De acordo com o Ministério da Defesa do Chile, o processo de aquisição está em fase bastante avançada. Sete empresas estrangeiras, entre as quais a isralense IAI, as européias EADS Astrium, e Thales Alenia Space, e a canadense MDA, de um total de vinte e quatro que inicialmente receberam o RFI (Request for Information) foram pré-selecionadas na concorrência. A definição e anúncio do fornecedor do satélite estão previstas para o final de abril, e a assinatura do contrato para meados de maio deste ano.

Detalhes acerca das características do satélite a ser contratado, seus subsistemas e sensores não foram publicamente anunciados, mas informações extraoficiais dão conta de que será um satélite de pequeno porte. Também não é sabido se a contratação do satélite, que deverá ser lançado em órbita em 2010 envolverá algum tipo de transferência de tecnologia, embora algumas pessoas a par do negócio tenham afirmado que a possibilidade é grande. A aquisição de um satélite próprio é mais um passo do Chile no sentido de organizar seu programa espacial, iniciado em 2005 e hoje encaminhado em sua fase final com a colaboração da chamada comunidade espacial chilena, integrada por institutos da áreas acadêmica e de defesa.

Caso a compra de um sofisticado satélite de sensoriamento remoto pelo governo de Santiago envolva transferência de tecnologia, o Chile entrará no rol de países latino-americanos, hoje integrado apenas pelo Brasil e Argentina, com acesso e conhecimento na área de engenharia de sistemas de imageamento por satélite. De acordo com especialistas consultados pelo Panorama Espacial durante a FIDAE, dependendo do grau de tecnologia a ser transferida, o Chile poderá ter acesso a tecnologias de imageamento mais avançadas do que as atualmente detidas por Argentina e Brasil.
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