sexta-feira, 3 de abril de 2009

BNDES e satélites de monitoramento da Amazônia

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai investir cerca de US$ 100 milhões contra o desmatamento amazônico, segundo reportagem de autoria de Eduardo Nonomura, publicada na edição do último dia 2 do jornal "O Estado de S. Paulo". Os recursos são na realidade provenientes do Fundo da Amazônia, gerido pelo BNDES e que até 2015 pode ter o seu valor aumentado para US$ 1 bilhão, com recursos provenientes de doação da Noruega.
De acordo com a reportagem (ver trecho abaixo), parte dos US$ 100 milhões deverá ser aplicada em projetos de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) voltados para o monitoramento ambiental.

"O BNDES recebeu até agora 25 consultas para projetos de REDD, entendidos no sentido mais amplo. Inclui não só ações para redução de desmatamento, mas também programas que ajudem a conservar a floresta. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, por exemplo, deve ser contemplado com verba do Fundo da Amazônia para antecipar o lançamento de dois satélites de monitoramento ambiental."

Embora não seja mencionado no texto, é bastante provável que os dois satélites sejam o Amazônia 1 (sensor ótico) e o MAPSAR (sensor SAR), ambos baseados na Plataforma Multimissão (PMM). Em entrevista concedida ao blog no final de fevereiro (clique aqui), o diretor do INPE, Gilberto Câmara já havia mencionado a possibilidade de adiantamento no cronograma do Amazônia 1 (especialmente em relação ao seu subsistema de controle de atitude e de órbita), a depender de recursos orçamentários.

A possível destinação de recursos financeiros para os satélites de observação é um dos vários projetos que o BNDES analisa na área espacial. De acordo com fontes ouvidas pelo blog, o banco de desenvolvimento pode também ter algum envolvimento com os projetos da binacional Alcântara Cyclone Space, e do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).
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