domingo, 8 de junho de 2014

Thales Alenia Space e o mercado de comunicações

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Em 5 de junho, a companhia europeia Thales Alenia Space (TAS) anunciou ter firmado um contrato para a construção de um poderoso satélite geoestacionário de comunicações, o Europasat / Hellas-Sat 3, uma missão conjunta para as operadores Inmarsat e Hellas-Sat.

Após alguns anos difíceis para a TAS, que praticamente saiu do segmento comercial de missões geoestacionárias, perdendo terreno para as americanas SSL, Boeing e a europeia Airbus Defence and Space (antiga Astrium), 2014 se mostra um momento de recuperação. Além do Europasat, em maio a companhia franco-italiana fechou um negócio para a construção de dois satélites geoestacionários de médio porte para a operadora coreana KT Sat, previstos para serem lançados ao espaço em 2017. E tem adotado uma estratégia para buscar novos negócios no segmento comercial. No final de maio, a TAS e a francesa Snecma, do grupo Safran, firmaram um acordo para o desenvolvimento de uma plataforma Spacebus de nova geração dotada de propulsão totalmente elétrica, a tecnologia do "momento' em matéria de satélites geoestacionários.

No segmento governamental e de comunicações militares, a conquista mais recente da TAS foi no Brasil, com o projeto do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), contratado pela Visiona Tecnologia Espacial em dezembro do ano passado.

Thales Alenia Space no Brasil

Além do SGDC, a TAS está atenta a outras oportunidades no País, como o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE), do Ministério da Defesa, o satélite meteorológico (ver reportagem na edição n.º 137 de Tecnologia & Defesa, que logo chegará às bancas), entre outras.

Joel Chenet, um executivo sênior com reporte direto ao presidente mundial da TAS, Jean-Louis Galle, tem liderado as ações da joint-venture no País.

O grupo francês Thales, que detém 67% da TAS (os demais 33% são detidos pelo grupo italiano Finmeccanica), tem forte presença local no Brasil, inclusive industrial, como a Omnisys, de São Bernardo do Campo (SP), que inclusive atua em alguns projetos do Programa Espacial Brasileiro (programa CBERS e satélite Amazônia-1, além de radares de rastreio dos centros de lançamento brasileiros). Em breve, a Thales deverá anunciar a abertura de uma unidade no Parque Tecnológico de São José dos Campos (SP), onde já estão a Boeing e a Airbus.
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